Era um sítio lindo
mesmo ao pé do castelo
um barco atracado
desde os anos 70
onde havia festa verdadeira
e dava música porreira
foram mil bebedeiras
noites tão cheias
fizesse frio ou calooooor
Eu ia ao batô
sempre que podia
e se dava Pulp
era uma alegria
e mesmo sentada
eu o ritmo sentiiiiia
Desde bem pequena
sempre lá batidinha
ia com os amigos
até ia sozinha
e pedia cerveja ao Ferreira
e dançava de qualquer maneira
foram mil parvoeiras
foguetes nas meias
o dijéi sempre na maiooooor
Eu ia ao batô
sempre que podia
e se dava Bowie
era uma folia
e antes das cinco
eu nunca de lá saíiiiiiia
Eu ia ao batô
sempre que podia
e ao dj Renato
música pedia
mesmo sem beber
eu tinha muita energiiiia
Foram dias e dias
e meses e anos por lá
percorrendo os dias da história
daquele lugaaaaar
Eu ia ao batô
sempre que podia
e às 3 da manhã
quase que fugia
mas logo a seguir
vinha um som que era magiiiiia
Eu ia ao batô
sempre que podia
a rodar o leme
abrir escotilha
e como marinheiro
as escadas eu desciiiia
Eu ia ao batô
Eu ia ao batô
Eu ia ao batôoooooooo