o céu estava branco
levei o guarda-chuva azul e prateado
mas deixei as primeiras pingas
caírem na cara e no cabelo
no nevoeiro as coisas ganham encanto
na sua indefinição
é como andar sem óculos
e não conseguir focar ao longe
atravessei o parque vazio
a declamar um poema qualquer
desviei-me das poças
e fiz girar o guarda-chuva
no muro de textura irregular
o musgo parecia uma pintura
do outro lado do passeio
jurei ver um pássaro branco
que era afinal um pedaço qualquer de metal...
2 comentários:
tás poeta!!!:)
fantástico...
acho que só mudava uma coisa...
saltava nas poças de água!
;)
bom fim-de-semana
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